AULA PRÁTICA DE BOTÂNICA
ROTEIRO
DE AULA PRÁTICA DE BOTÂNICA
CONHECENDO
UM HERBÁRIO E MONTANDO EXSICATAS
ALUNO:
__________________________________________________________
SÉRIE:_____________ETAPA:_______ DATA:___________
PROFESSOR (A): Márcia Helena
Sales
1.
Introdução.
Nosso programa de botânica (estudo dos
vegetais) está chegando ao final dentro desse ano letivo, conhecemos um pouco
do mundo vegetal, suas características, sua importância para o planeta e para a
manutenção e o equilíbrio da vida.
Desta forma planejamos um trabalho em
equipe, que envolverá todos vocês em atividades dinâmicas e divertidas. Através
destas, vivenciaremos diversos conceitos em biologia, educação ambiental, bem
como conceitos atitudinais, assim como os temas transversais.
Nosso trabalho constará de uma
montagem de exsicatas, para um porte fólio a fim de conhecermos um herbário.
2.
Conceitos básicos.
2.1. O que é um herbário?
O Herbário é um conjunto de amostras
de partes (ramos, folhas, flores e ou frutos) de plantas mortas, preservadas,
fixadas em folha de papel e organizadas segundo um sistema determinado, e que
servem como material de pesquisa para todas as áreas da ciência que utilizam os
vegetais como seu objeto de estudo. O tipo mais usual de preservação é a desidratação,
obtida através da herborização. Nesse método, as amostras de plantas são
secas sob pressão, entre folhas de papel absorvente, em pranchas de madeira,
tecnicamente conhecidas como prensas. Amostras assim preparadas podem ser secas
em estufas ou mesmo ao Sol, e se mantidas posteriormente em condições de
temperatura e umidade constantes, livre do ataque de fungos, insetos, podem ser
indefinidamente preservadas.
Estas amostras são chamadas exsicatas,
as quais, cada uma é acompanhada de uma etiqueta com os seguintes dados: nome
científico da planta, nome popular, local e ambiente de coleta; coletor e data
de coleta.
Os herbários podem ser regionais,
nacionais ou cosmopolitas. Coleções de referência de floras locais em
áreas protegidas ou de particular interesse estão sendo muito utilizadas
atualmente. Citamos como exemplos:
HERBÁRIO
PRISCO BEZERRA
Fundação: ano de 1939
Curadora: Profa. Maria Iracema Bezerra
Loiola
Acervo: 49.300 espécimes
Endereço: Departamento de Biologia - Bloco 906 - Campus do Pici - Fortaleza - CEFone: (85) 3366 9807 E-mail: herbario@ufc.br
Endereço: Departamento de Biologia - Bloco 906 - Campus do Pici - Fortaleza - CEFone: (85) 3366 9807 E-mail: herbario@ufc.br
2.2. Exsicata.
A exsicata é a unidade
básica de coleção de um herbário, pois constitui material testemunho
referencial para futuros estudos. Ela é registrada e numerada antes de ser
incorporada ao acervo. As exsicatas podem ser incorporadas ao herbário
seguindo dois critérios:
a) Sequência alfa-numérico dentro da
hierarquia taxonômica de Classe, Ordem, Família, Genêro e Espécie;
b) Sequência filogenética, obedecendo a ordem
de parentesco e evolução dentro dos grupos de hierarquia taxonômica.
O sistema a ser seguido será
alfa-numérico, por tornar mais fácil a localização das plantas.
3.
Objetivos.
- Tomar conhecimento de um herbário;
- Compreender a importância de um
herbário para as ciências biológicas;
- Compreender a importância da
organização, do planejamento e da sequênciação no cotidiano da prática do
pesquisador;
- Adquirir noção de coleta de material
biológico in loco;
- Compreender a importância da técnica
da coleta;
- Adquirir noções da metodologia de
montagem de exsicatas;
- Adquirir noções básicas de como se
trabalha em um herbário;
- Desenvolver o trabalho em equipe, as
habilidades e competências individuais;
- Aprender a fazer e utilizar uma
chave dicotômica de identificação;
- Adquirir noções da metodologia de
uma aula em campo.
4.
Sistema de manejo de coleções de herbário.
4.1. Coleta do material biológico
4.2. Herborização das coleções -
prensagem, triagem, secagem;
4.3. Montagem das exsicatas -
colagem dos ramos e etiqueta em folha de cartolina e
4.3. Incorporação ao acervo -
numeração, registro e arquivamento. Para isso, as coleções precisam ser obtidas
através de expedições à campo ou por meio de intercâmbio entre herbários.
4.1.
Coleta do material
As plantas herbáceas (ervas) devem ser
colhidas, sempre que possível, com todos os elementos, isto é, com raízes,
caules folhas, flores e frutos, se possível; as dimensões da planta colhida
(poderá ser dobrada) devem ser adequadas às dimensões do papel onde é feita a
montagem. Quando se trata de plantas lenhosas, arbusto ou árvore, só se
colhem os ramos, flores e folhas.
É nessa etapa que faremos uma aula em
campo à Serra de Maranguape – CE, onde teremos a oportunidade de observar o
ambiente, as condições climáticas, e ambientais de modo geral. Poderemos
observar o impacto ambiental provocado pela urbanização, e as mudanças na flora
local. É importante fazermos anotações em nossa caderneta sobre cada material
coletado (cada um deve ser etiquetado, numerado)
Para esse momento precisaremos:
- Tesoura
- Sacos plásticos
- Etiquetas (numerar e identificar
pelo nome popular)
- Caderneta de campo
4.2.
Herborização das coleções
Este processo inclui a prensagem do
material verde (ou fixado em álcool), a secagem em estufa ou ao Sol
diariamente por aproximadamente quinze dias, e a triagem do material para
montagem e para distribuição a outros herbários e especialistas.
4.2.1.
Prensagem
A prensagem exige cuidados especiais
porque desta etapa depende a qualidade da futura exsicata, tanto em termos de
uniformidade de secagem como a perfeita exposição das folhas, frutos e/ou
flores. Poderemos levar para o local da coleta a prensa ou fazer a
prensagem na escola ou ainda em casa, conforme a orientação. Alguns cuidados
são indispensáveis:
- Não deixar dobrados folhas, flores
ou frutos, após a manipulação;
- Colocar as folhas da planta viradas
umas para cima e outras para baixo;
- Verificar se a pequena etiqueta com
o número de referência se encontra devidamente colocada na planta;
- Verificar se a pressão exercida
sobre os ramos está sendo uniforme, que permita a secagem uniforme das folhas e
sem destruição do material.
- As plantas (ramos) devem ser
transferidas para novos jornais secos, logo no dia seguinte, fazendo-se mudas
sucessivas tantas vezes quantas necessárias até estarem secas, para que a umidade
contida no material biológico não contribua para a sua descaracterização e mais
tarde a perda do material.
De qualquer forma, necessitaremos de:
- Jornal
- Cordão
- Prensa
- Papel ofício ou cartolina
4.2.2.
Secagem e Triagem
A secagem tem que ser em temperatura
constante, em estufa de madeira aquecida à gás, ou aproximadamente 24 h a 60 oC.
O material mais espesso e frutos carnosos deve passar mais tempo até a completa
desidratação. Alternativamente pode-se usar estufas com lâmpadas de 100 w. Como
dissemos anteriormente, pode-se utilizar a luz solar diariamente.
Na etapa de triagem no caso de
uma instituição de pesquisa, o material mais completo será a unicata do
Herbário e o restante será distribuído com outros herbários com os quais se
mantém intercâmbio e especialistas que identificam o material em troca de uma
duplicata (cópia) da coleção.
No nosso caso, aqui na escola, faremos
uma triagem, escolhendo aquele material que ficou melhor desidratado, que está
mais completo, que se encontra em melhores condições.
4.3.
Montagem das Exsicatas
Após a triagem, o material deve ser
incorporado ao herbário. Para isso, a fase seguinte é a da montagem das
exsicatas. Consta da colagem cuidadosa do ramo com folha, flor e ou fruto no
centro de um pedaço de cartolina. Se adotássemos os padrões determinados pela
Instituição de pesquisa, por exemplo, da Universidade teríamos um pedaço
de cartolina de 33 x 45 cm, e no canto superior esquerdo da cartolina um
pequeno envelope de 7 x 15 cm onde são guardados pequenos fragmentos
da amostra, e ainda no canto inferior direito é afixada a etiqueta de 15 x 10
cm onde estão registrados os dados da planta, do local e ambiente de
coleta e do coletor. O processo de produção das etiquetas é todo feito em
computador e padronizado.
No entanto, aqui no Ensino Médio, onde
estamos adquirindo noções básicas do estudo científico, e da metodologia de
pesquisa, seremos flexíveis e utilizaremos material fora desses padrões.
Montaremos um portfólio com no mínimo
10 espécies diferentes.
5. Material
necessário:
- Cartolina ou papel 60 kg, cor
branca;
- Etiquetas adesivas;
- Envelopes para os fragmentos de
material;
- Etiqueta padrão com os dados do
material.
Experimente!
Será uma excelente oportunidade de vivenciar diversos conceitos de biologia, de procedimentos e de atitudes.
Sucesso!
Márcia Sales
Ajudou bastante :)
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