domingo, 18 de novembro de 2012

AULA EM CAMPO - COLÉGIO LOURENÇO FILHO - REDENÇÃO - MUSEU SENZALA

MUSEU SENZALA - REDENÇÃO - CEARÁ

AULA EM CAMPO NO DIA 15 DE NOVEMBRO DE 2012 - ALUNOS DO COLÉGIO LOURENÇO FILHO -

Envolvido pelas marcas da história brasileira, o Museu Senzala Negro Liberto, no município de Redenção, guarda memórias desde o século XVIII, retratando o momento vivido no país pelo binômio escravo e senhor de engenho.
A Vila de Acarape, hoje Redenção, foi o primeiro município brasileiro a abolir a escravidão e o fez a 1º de janeiro de 1883. Antecipou-se em cinco anos à abolição da escravatura em todo o país, com a conquistada assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, a 13 de maio de 1888.
A Casa Grande, antigo Engenho Livramento, tem a história desse período. Desde 1873 o engenho ficou nas mãos de três coronéis: Simião Jurumenha, se estendendo até 1913, quando a fazenda é vendida para Juvenal de Carvalho, que em 1930 passa a propriedade para Galdioso Bezerra Lima, seu afilhado, e o local passa de geração a geração. Hoje, o neto Hipólito Rodrigues de Paula Filho, conhecido como “Potin”, 60, e sua filha Eneida Muniz Rodrigues, 34, são os responsáveis pela manutenção da área.






Além do Museu, o lugar também abre espaço para a fabricação da cachaça Douradinha, onde começou a ser produzida na fazenda desde 1873. A priori, os escravos fabricavam a cachaça por meio das chamadas “pedras-mor”, e no início, de acordo com a guia, a bebida era mais para o consumo.
Anualmente de agosto a dezembro, período em que ocorre a moagem da cana-de-açúcar na fazenda, o engenho produz de 8 a 15 mil litros de cachaça por dia, onde o caldo passa por um encanamento até chegar às dornas - local usado para fermentar o caldo da cana. A dorna, construída em 1927, possui capacidade para 20 mil litros de caldo. Atualmente, o engenho funciona 80% a vapor e 20% a energia elétrica.
A Cachaça Douradinha já está no mercado há 138 anos, mas atualmente ela é envelhecida um ano para seu comércio.








O piso da Casa Grande, em mosaico português, é original do século XVIII. O primeiro proprietário, coronel Simião Jurumenha, era natural de Portugal e é considerado o único dono de escravos da fazenda. Após a libertação, ele vendeu a fazenda para Juvenal de Carvalho.
No ínicio, quando ele comprou a fazenda, o local possuía 100 hectares de terra. Entretanto, quando o terreno foi colocado a venda, o local já havia crescido cinco vezes mais do que quando o adquiriu.





















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